Presidente da Câmara Federal virá a Pedra Preta neste domingo

O presidente da Câmara do Deputados, Henrique Eduardo Alves, visitará o município de Pedra Preta neste domingo [03]. Henrique confirmou a sua presença naquele município atendendo ao convite do prefeito Luiz de Haroldo. O presidente da Câmara trará o seu apoio ao município de Pedra Preta em virtude das dificuldades vividas pelo município com os constantes tremores de terra sofridos nos últimos dias.

A nossa reportagem esteve no dia desta sexta feira em Pedra Preta, e constatou a situação preocupante em que está vivendo a sua população, com os abalos sísmicos que tem afetado não só a cidade, mais também a Zona Rural do município em maior escala.

No final da manhã desta sexta feira [01], o prefeito Luiz de Haroldo recebeu a Comissão de Defesa Cívil do estado, juntamente com as vereadoras Nena Pinto, Rosangela Fernandes e Cathirenny Teixeira. Também esteve na cidade o padre Zezinho [Pároco local].




Ainda não há motivo para abandono', diz Defesa Civil sobre tremores no RN

Palestras e vistorias foram realizadas nesta sexta (1) em Pedra Preta. UFRN registrou 240 tremores em uma semana no município.


A Defesa Civil do Rio Grande do Norte avalia que ainda não há motivo para as pessoas abandonarem suas casas no município de Pedra Preta, a 149 quilômetros de Natal, que nos últimos dias foi atingido por uma série de tremores de terra. Após uma sexta-feira (31) de palestras de orientação e vistorias na cidade, o coordenador estadual da Defesa Civil, coronel Josenildo Acioli, aconselha os moradores a permanecerem nas casas. "Não há motivo para abandono. Tomamos as precauções para ter uma resposta rápida e eficaz se necessário", afirma.

Em uma semana o Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) registrou mais de 240 tremores em Pedra Preta. A ida da Defesa Civil ao município aconteceu após a noite desta quinta-feira (31), quando entre 20h e 23h pelo menos dez abalos sísmicos foram registrados pela UFRN. O maior deles teve magnitude 3,5. A sequência de eventos vem deixando rachaduras em casas e assustando a população da cidade.

Mesmo sem novos tremores durante o resto do dia, o coronel conta que a situação está sendo monitorada e todos os órgãos competentes para prestar o atendimento foram contatados. "A articulação foi feita. Além da Defesa Civil, o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar estão de sobreaviso. O Exércio e a Secretaria Nacional de Defesa Civil também se prontificaram a ajudar caso seja necessário", informa.

Quanto à situação dos imóveis que sofreram rachaduras com os tremores, o coordenador estadual da Defesa Civil explica que os danos foram avaliados pelo Corpo de Bombeiros nesta sexta e um relatório deve ser entregue na próxima semana. Engenheiros da Secretaria Estadual de Infraestrutura (SIN) e do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea/RN) também visitarão as casas atingidas nos próximos dias.

O monitoramento da atividade sísmica da cidade será feito em conjunto com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte. A população foi orientada a ligar para os números 3232-6889 e 3232-6883, ambos do Centro Gerenciamento de Emergência e Defesa Civil, em qualquer situação de anormalidade. Também está disponível o número 193, do Corpo de Bombeiros.


'Sensação que chão vai abrir'

Apesar da baixa magnitude, os abalos vêm assustando os moradores de Pedra Preta. Os dez tremores que atingiram a cidade em três horas na noite desta quinta deixou a população em alerta. "A sensação é que o chão vai abrir", disse a moradora Maria do Socorro, que dormiu no quintal da casa junto com a família após os abalos sísmicos da noite de quinta. "Quando começou a tremer ficamos com medo e colocamos os colchões na área".

A preocupação aflige principalmente as pessoas que moram em casas antigas. A moradora Fátima Santos teve o lar construído na década de 1950. Com os tremores, a parede rachou e mulher temeu pela segurança dos filhos. "Tenho até medo de morar aqui com várias crianças. Vejo a hora cair tudo por cima da gente. Ficamos com medo quando aconteceu e corremos para fora de casa.

De acordo com o pesquisador Joaquim Ferreira, do Laboratório Sismológico da UFRN, o medo da população acontece mais pela sequência de tremores, do que propriamente pela magnitude dos abalos. "Quando se tem vários abalos seguidos a população fica bastante tensa", afirma.


Fonte: Globo.com