O Senador Jean (PT-RN) rebateu nesta quinta-feira (13) os ataque do ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, em entrevista concedida à Rádio 98 FM de Natal.
“Rogério representa o sentimento de um grupo político que está no poder federal com uma gestão desastrosa, que tem levado o país para um dos seus piores momentos, com fome, desemprego, negligência na pandemia. Rogério Marinho é o pai do desemprego”, declarou o Senador Jean.
Na entrevista à rádio, o ministro Rogério Marinho criticou os três senadores, afirmando que a bancada não tem relevância.
O Senador Jean respondeu com crítica também à atuação do ministro quando deputado federal. “Ele deve acreditar que boa atuação parlamentar é tirar direito dos trabalhadores, como ele fez com a reforma trabalhista. Deve achar que boa atuação é atacar a aposentadoria, como fez com a reforma previdenciária. Prometeu geração de emprego e só entregou desemprego e desespero ao povo”, disse.
“Aqui, não. O Rio Grande do Norte sabe escolher. O senador que será eleito neste ano pelo povo potiguar será um senador alinhado à defesa dos trabalhadores e trabalhadoras, alinhado a Lula e à governadora Fátima Bezerra e à luta por melhorias para a nossa gente. E esse não é o do lado do ministro de Rogério Marinho”, afirmou Jean.
Marco das Ferrovias
Rogério Marinho também alegou que o Marco das Ferrovias, relatado pelo Senador Jean, não traz benefícios ao Rio Grande do Norte.
“Parece que o ministro não aprendeu como funciona o Congresso Nacional. Nós legislamos para o Poder Executivo colocar em prática essas leis. Aprovamos à unanimidade o novo Marco Legal das Ferrovias, sem alteração na Câmara. E o projeto foi sancionado pelo próprio governo que ele faz parte. Agora o Governo Federal deveria também utilizar as ferramentas que lhe foram entregues por esse projeto de lei para revitalizar as ferrovias. O que estamos fazendo aqui, inclusive, junto à Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado”, rebateu o Senador Jean.
Senado vai votar em fevereiro propostas para baixar preços de gás, diesel e gasolina
Líder da Minoria repudia declarações do presidente da Câmara
O Líder da Minoria no Senado, Jean Paul Prates (PT-RN), respondeu na manhã desta segunda feira (17) às declarações do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) responsabilizando o Senado pela demora numa solução para a escalada dos preços do gás de cozinha e dos combustíveis. Jean Paul Prates alertou que medidas impositivas e sem a necessária discussão com a sociedade não são a solução para o problema.
Em acordo com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), Jean Paul Prates anunciou a votação pelo Senado, ainda em fevereiro, dos projetos que tratam do tema. Os senadores vão examinar em Plenário o PLP 11/21 de autoria do deputado Emanuel Pinheiro Neto (PTB-MT) que altera a Lei Kandir e o PL 1472/21 de autoria da bancada do PT, tendo como primeiro signatário o Senador Rogerio Carvalho (PT-SE), e relatado por Jean Paul Prates.
Para o Líder da Minoria, "é no mínimo um equívoco do presidente da Câmara, Arthur Lira, querer atribuir ao Senado a responsabilidade pelo preço absurdo dos combustíveis. É o Senado que está trabalhando em uma solução completa para pôr fim a essa escalada que tanto penaliza os brasileiros".
Segundo as estimativas divulgadas pelo senador potiguar, o conjunto de medidas a ser votado pelo plenário do Senado pode baixar em até R$ 20 os valores do gás de cozinha e em até R$ 2 a R$ 3 o preço da gasolina e do diesel, num prazo de 40 dias após sua aprovação.
O PL 1472/21 propõe um programa de amortecimento da alta dos combustíveis, indicando uma cesta de fontes de recursos para assegurar que oscilações no preço internacional de óleo não produzam efeito cascata no Brasil.
Segundo Jean, a proposta dá ferramentas ao Poder Executivo para que recolha recursos em períodos de baixa internacional no preço para conter flutuações temporárias nos períodos de alta e se presta a permitir que o país aproveite sua posição de exportador.
De acordo com o Líder da Minoria, apesar das críticas do presidente da Câmara, a discussão sobre a tributação dos combustíveis, como proposta pelo deputado Arthur Lira, também é necessária, e será dialogada junto aos Estados, pelo Senado.
"Não como panaceia - que não existe - mas num esforço articulado de dar mais segurança e previsibilidade ao setor. Não é razoável pensar em uma solução impositiva, sem o devido diálogo. Devemos evitar o cultivo desarrazoado de animosidades. Esperamos que o Poder Executivo não se omita, e faça seu papel, atuando como gestores, sem transferência de culpa e terceirização de responsabilidades".