Em um hoje longínquo 2010, uma estudante paulista disse que eleitores do Nordeste não eram gente e deveriam ser afogados. A postagem feita após a vitória de Dilma Rousseff (PT) para a Presidência ganhou repercussão e resultou em uma condenação na Justiça Federal de São Paulo por crime de racismo.
Doze anos e três eleições presidenciais depois, o preconceito que na época foi encarado como um caso isolado não só se repete, mas ganhou escala e contornos de ataques massivos após o resultado do primeiro turno da eleição deste ano.
A larga margem de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que obteve 67% dos votos válidos no Nordeste, desencadeou uma onda de ataques contra eleitores nordestinos que partiram de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Um dos ataques após a eleição veio do próprio presidente, nesta quarta-feira (6). Em uma transmissão nas redes sociais, Bolsonaro associou o analfabetismo à vitória de Lula no Nordeste e culpou o PT por índices negativos na área na região.
Fonte: Folha de São Paulo
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