Com o tema “Combate à Fome e Promoção da Segurança Alimentar e Nutricional no Nordeste: desafio para os governos estaduais”, o Grupo de Trabalho do Consórcio Nordeste se reuniu nesta sexta-feira (02), em Natal. Presente na reunião, a presidente do Consórcio Nordeste e também governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, discutiu com os gestores da região as ações de combate à fome que os estados do Nordeste podem implementar para fortalecer suas estratégias.
A discussão foi sobre o sistema de segurança alimentar e nutricional, e como é possível erradicar a fome e garantir segurança alimentar com redução da desigualdade casada com a questão do meio ambiente.
“Momentos como esses são muito desejáveis para que a gente possa compartilhar nossas experiências, discutir como que cada estado do Nordeste está trabalhando com essa agenda, quais são as ações em curso”, disse Fátima Bezerra, enfatizando que o objetivo é sistematizar as ações, numa agenda comum, olhando para a região.
Considerando que a pauta da fome e da inclusão produtiva não é uma pauta fácil, é intersetorial e envolve várias frentes, e lembrando que a região tem 55 milhões de habitantes, Fátima afirmou que “o problema do Nordeste não é a seca enquanto fenômeno natural. O problema é como o Nordeste foi tratado durante muito tempo, com a falta de políticas efetivas para enfrentar a brutal desigualdade social.”
O Grupo de Trabalho de Segurança Alimentar e Nutricional tem como coordenador o estado de Pernambuco e trouxe para a reunião a Secretária Extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome, vinculada ao Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Valéria Burity. Essa é a primeira reunião presencial de trabalho, mas já houve várias outras.
A secretária nacional destacou a importância da pesquisa do IBGE, voltada para todo o território nacional, para indicar como está a segurança alimentar e nutricional nos estados e quais são os grupos mais afetados. Lançada em abril, a pesquisa indicou a redução da fome e segurança alimentar grave em mais de 20 milhões de pessoas.