O estudo retrata as condições de moradia dos brasileiros às vésperas da pandemia atual (ano de referência é 2019) com temas como acesso à água e número de pessoas por domicílio (adensamento domiciliar), fundamentais para analisar as consequências da doença na população.
Aqui, segue o release-notícia nacional: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/30986-no-pre-pandemia-quase-38-da-populacao-tinha-alguma-dificuldade-de-acesso-a-agua
Ao acessá-lo, você encontrará, em uma coluna à direita da tela, os seguintes produtos relacionados ao estudo: áudio e vídeo de uma analista da sede do IBGE, o link para a publicação completa e link para as tabelas.
Abaixo seguem os destaques para o Rio Grande do Norte
Um excelente São João para todas e todos!
O Rio Grande do Norte tem 1,1 milhão de potiguares em casas ligadas a uma rede geral de abastecimento, mas sem acesso à água todos os dias. O número representa 32,1% da população, a segunda maior proporção entre todas as unidades da federação e no mesmo patamar do Acre (34%). Somente em Pernambuco (47,9%), as interrupções afetam uma parcela maior de habitantes.
Baseados em levantamento de 2019, os dados fazem parte do estudo “Indicadores Sociais de Moradia no Contexto de Pré-pandemia de Covid-19”, divulgado hoje (23) pelo IBGE. A publicação traz um retrato dos lares brasileiros às vésperas da atual pandemia. Ela revela aspectos importantes para prevenção da doença, como o acesso à água e o adensamento domiciliar (número de moradores de uma casa), fundamentais para análise dos impactos da pandemia e para a adoção de medidas por parte do poder público.
Entre as regiões brasileiras, o Nordeste (24,8%) é a que mais possui a maior parte da população que possui acesso a uma rede geral, mas com “frequência de abastecimento inferior à diária”. Em segundo lugar, está a região Norte (6,6%). No Brasil (10,2%), 21,3 milhões enfrentam o problema.
RN: 45 mil pessoas vivem em casa com apenas quarto e banheiro
Ter apenas um quarto com banheiro para morar é a realidade de cerca de 45 mil potiguares que estão abaixo da linha da pobreza. Esse número corresponde a 3,4% das pessoas em situação de pobreza no estado em 2019.
A proporção da população potiguar submetida a essa condição de moradia está no mesmo patamar da média do Nordeste (3,6%) e abaixo da média nacional (5,7%). A região Norte (15,2%) tem a maior proporção de habitantes nessas condições de todo o Brasil. Os dados desta análise excluem pessoas que moram em pensão, empregados domésticos ou parentes de empregados domésticos.
O estudo mostra, ainda, que a maior parte da população abaixo da linha da pobreza mora em casas com quatro moradores. No estado norte-rio-grandense, 394 mil pessoas dividem o domicílio com outras três pessoas. Isso equivale a 29,7% da população pobre do estado, proporção semelhante à do Brasil (27,4%) e do Nordeste (27,5%) nesta situação de moradia.
Para o estudo, foi considerada abaixo da linha da pobreza a população que tinha rendimento domiciliar por pessoa de até R$ 436 mensais em 2019.
População em geral
A maior parcela da população do Rio Grande do Norte vive em domicílios com três pessoas, 27,2% da população, o que representa 953 mil potiguares. Os números proporcionais são semelhantes aos da população do Nordeste (26,4%) e do Brasil (27%).
Mas também há um grupo de 382 mil pessoas que vivem em casas com seis pessoas ou mais moradores. Eles correspondem a 10,9% dos norte-rio-grandenses. O Nordeste (11,9%) está no mesmo nível. No Brasil (9,8%), o resultado também é próximo ao do estado potiguar.