O governo de Israel emitiu um comunicado neste domingo (9.abr.2023) negando firmemente as afirmações contidas em documentos vazados do Pentágono (Departamento de Defesa dos Estados Unidos) de que líderes do Mossad (Serviço de Inteligência israelense) haviam encorajado funcionários da agência e cidadãos israelenses a participar dos protestos contra o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu em março. As informações são dos jornais norte-americanos New York Times e Washington Post.
Segundo os documentos vazados dos EUA, os líderes do Serviço de Inteligência “advogaram que os funcionários do Mossad e os cidadãos israelenses protestassem contra as reformas judiciais propostas pelo novo governo israelense, incluindo vários apelos explícitos à ação que condenavam o governo de Israel”.
A declaração emitida pelo gabinete do premiê israelense em nome do Mossad neste domingo (9.abr) descreveu a afirmação como “mentirosa e sem qualquer fundamento”.
O país, que elegeu Netanyahu ao cargo de premiê em novembro de 2022 e formou a administração mais alinhado à direita da história de Israel, registrou diversas manifestações contra a proposta do governo de reformar o sistema judiciário nacional e permitir que o Parlamento tenha autoridade para reverter vetos da Suprema Corte.